MEI
Empreendedora fatura com máquinas dobradeiras para MEI
A VP Máquinas faz equipamentos para dobrar acrílico e foca nos microempreendedores
2 min de leituraO mercado de equipamentos tem focado nos microempreendedores como uma fonte da receita. Máquinas de salgados, doces e camisetas fazem sucesso entre quem trabalha em casa e precisa complementar a renda. Pensando nisso, a empresária Ana Paula Paschoalino transformou seu negócio para faturar com este público.
Ana Paula trabalhava com produção de fachadas e comunicação visual com seu irmão e sócio Alexandre.
A partir da demanda de um cliente, Alexandre precisou criar um novo equipamento, que deu origem à VP Máquinas. “Fizemos uma venda enorme e precisava entregar um móvel com uma cantoneira. Mas não existia uma máquina no mercado para isso”, diz Ana.
O equipamento é um fio de níquel-cromo quente capaz de moldar materiais termoplásticos. “A tecnologia é simples. Você pode fazer isso com uma resistência de chuveiro. A inovação está em um fio bem fino, com dobra perfeita, o consumo de energia que é baixo e o design da máquina”, explica. A empresa patenteou o equipamento, que pode ser transportado desmontado e consome apenas 0,5 ampere – contra 27 da concorrência.
No segundo ano do negócio, Ana participou do programa 10.000 Mulheres, da Fundação Getulio Vargas, em São Paulo. “Fiz um plano de negócios em que o foco foi a dobradeira e não mais a comunicação visual. E muita gente queria comprar a máquina para abrir o próprio negócio. Então, vi a necessidade de fazer um plano de negócios para essas pessoas também”, diz.
Com foco em MEI, a empresa oferece modelos de produtos, ensina a precificar e ganhar mercado. “Não queria que comprassem a minha máquina para ficar parada depois porque a pessoa não sabe colocar preço ou vender”, afirma.
A VP Equipamentos já vendeu mais de 500 máquinas desde 2012. Os preços variam de R$ 1620 (dobradeira com 30 centímetros), a R$ 11 mil (equipamento com dois metros). “As máquinas fazem de pequenos móveis, brindes, luminárias e incubadoras neonatal. Para quem é MEI, o forte mesmo são os expositores para ponto de venda”, diz Ana. Em 2015, a empresa, com sede na Penha, zona leste de São Paulo, faturou R$ 2,1 milhões, incluindo trabalhos na área de comunicação visual.