Embrapa investe em conservação de recursos genéticos de plantas, animais e microrganismos

O objetivo é mapear as condições dos bancos genéticos vegetais, núcleos de conservação animal e coleções de microrganismos mantidos pela Embrapa

26.07.2016 | 20:59 (UTC -3)
Fernanda Diniz

A Embrapa inicia este ano os projetos QUALIVEG, QUALIANI e QUALIMICRO. O objetivo é mapear as condições atuais dos bancos genéticos vegetais, núcleos de conservação animal e coleções de microrganismos mantidos pela Embrapa em todo o Território Nacional, de forma a adequá-los às normas de qualidade internacionais.

Na parte vegetal, serão avaliadas as coleções de cinco bancos ativos: abacaxi, mandioca e caju (Embrapa Mandioca e Fruticultura, Cruz das Almas, BA); arroz e feijão (Embrapa Arroz e Feijão, Santo Antônio de Goiás, GO) e Capsicum - pimentas e pimentões (Embrapa Hortaliças, Gama, DF)), além do Banco Genético mantido pela Empresa em Brasília.

Em relação aos recursos genéticos animais, as ações serão voltadas aos cinco núcleos de conservação da Embrapa Caprinos e Ovinos (Sobral, CE), ao Banco Brasileiro de Germoplasma Animal (Fazenda Sucupira, Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, DF) e aos bancos de DNA e tecidos das duas Unidades.

Quanto às coleções microbianas, serão avaliadas as três categorias de coleções de microrganismos da Embrapa (Centros de Recursos Biológicos, Coleções Institucionais e Coleções de Trabalho) de 20 unidades da Embrapa. Entre elas, destacam-se as que foram incorporadas este ano: Embrapa Florestas (Colombo, PR), Embrapa Roraima (Boa Vista, RR), Embrapa Soja (Londrina. PR) e Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS).
Em todos os casos, o objetivo é selecionar requisitos com base em normas internacionais (ABNT ISO/IEC 17025, ABNT ISO GUIA 34 e Versão Brasileira do Documento Diretrizes da OCDE de Boas Práticas para Centros de Recursos Biológicos) para definir um padrão único e internacional de qualidade a ser adotado.

Além de facilitar a rotina e a operacionalização das ações pelas equipes responsáveis pela gestão dos bancos, núcleos e coleções, essa padronização vai contribuir também para aperfeiçoar a documentação dos dados no Sistema Alelo, que é o portal de informações de recursos genéticos gerenciado pela Embrapa. Esse sistema permite o acesso a informações relacionadas aos recursos genéticos, essenciais para as atividades de intercâmbio e uso de germoplasma. É alimentado pelos curadores de germoplasma e suas equipes de forma descentralizada, permitindo a criação da base de dados de recursos genéticos da Embrapa.

Segundo a coordenadora dos três projetos, a pesquisadora da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia Clarissa Castro, depois de estabelecidos, os requisitos corporativos de qualidade serão reunidos e publicados em cartilhas que ficarão à disposição das equipes dos bancos, núcleos e coleções. "Essas cartilhas serão elaboradas em linguagem simples e objetiva, de forma a auxiliá-los em suas atividades e serviços diários", explica.

Antes disso, serão promovidos treinamentos para a capacitação e qualificação de empregados e colaboradores que exercem atividades nesses locais. "Um dos intuitos dos projetos é disseminar essas informações para os outros espaços de conservação de recursos genéticos da Embrapa, que não estão sendo contemplados nos projetos QUALIANI, QUALIVEG e QUALIMICRO", destaca Clarissa.


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